Ao contrário do que foi divulgado em blogs locais, o crescimento na arrecadação de ICMS não tem nenhuma interferência no preço da gasolina que é cobrado nos postos de combustíveis do RN. O incremento da receita tampouco determina o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que serve de base para a aplicação da alíquota do ICMS.
A arrecadação é um reflexo das vendas, não da composição do preço dos combustíveis. A alíquota do ICMS no RN permanece em 29% desde 2016. Já o valor de produção nas refinarias, os tributos federais, o etanol anidro que é misturado ao combustível e a margem de lucro com a distribuição e revenda correspondem a 71% do preço do litro de gasolina cobrado nos postos do RN.
Os constantes aumentos da gasolina refletem a mudança na política de preços da Petrobras, que entrou em vigor no governo de Michel Temer em 2016. Desde então, a companhia passou a basear sua política tarifária no Preço de Paridade de Importação (PPI), que transfere ao consumidor as variações dos preços mundiais do petróleo, cotados sempre em dólar.