Fake news desinformam, causam danos sociais e representam um risco à estabilidade democrática, uma vez que são usadas no mundo inteiro como uma ferramenta de manipulação da realidade com objetivos políticos.

As recentes manifestações antidemocráticas ocorridas no início do mês em Brasília, por exemplo, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro atentaram contra as sedes dos Três Poderes, foram motivadas pela falsa teoria de fraude nas eleições de 2023.

Favorecidas pela facilidade de transmissão através das redes sociais, as fake news costumam viralizar quase instantaneamente, impactando milhões de pessoas rapidamente, que são induzidas ao erro pela indústria da desinformação.

Enquanto as notícias falsas se espalham numa velocidade impressionante, a informação correta demora a chegar às pessoas. Isso se explica, em parte, porque fake news, geralmente, recorrem à simplificação grosseira de temas que são essencialmente complexos para atingirem o senso comum.

Para legitimar as fake news, a indústria da desinformação investe na descredibilização do jornalismo profissional, ao mesmo tempo que se vende como fonte de informação, com o objetivo de relativizar a verdade.

Fake news representam uma violação ao direito da população ao acesso à informação de qualidade, sem distorções nem manipulações. É tarefa das instituições democráticas, incluindo as gestões públicas, assegurar sua efetividade através de ações, iniciativas e políticas de combate à desinformação.